Acessibilidade no Forte de Copacabana | Rio de Janeiro para cadeirantes - post 6

Entrada do Forte de Copacabana 

(todas as fotos pertencem ao meu acervo, exceto quando indicado)

Atualizado em 9/10/2016

Além de ser um passeio agradável em um local cujo entorno é belíssimo, a ida ao Forte de Copacabana reserva aquele gostinho bom de estar em uma construção histórica que recebeu a atenção de um arquiteto para torná-la acessível. Ponto para o Exército, pela preservação do patrimônio histórico, ao mesmo tempo tornando-o acessível às pessoas com deficiência.

Quem me apresentou ao Forte foi a arquiteta Claudia Aguiar, responsável pelo projeto de acessibilidade da construção, em um comentário neste blog. Clique aqui para ler o comentário dela. E você fica sabendo mais sobre o trabalho da Claudia em um vídeo neste post.

A passarela central foi construída sem remover o piso de paralelepípedo

Nesta foto, você vê a passarela por outro ângulo.

É possível chegar ao Forte usando metrô, mas é preciso andar/rodar algumas quadras até lá. Se vc estiver hospedado em Copacabana, pode ser que dê para ir a pé. O site avisa que não há estacionamento no local. 

Leve dinheiro para comprar seu ingresso, pois é a única forma de pagamento aceita na bilheteria. Na terça, a entrada é gratuita.

Então, entre por uma passarela asfaltada, que fica no centro da calçada de paralelepípedo, contornando todo o Forte. Bacana demais! A cadeira de rodas circula facilmente, sem a típica trepidação provocada pelos paralelepípedos – e sem que fosse necessário removê-los, para não descaracterizar a construção. Outras cidades: mirem-se no exemplo! Quem disse que uma obra histórica não pode ser adaptada, hein? Os desafios existem, mas podem e devem ser superados.

Vá “andando” calmamente pela passarela, babando com a lindíssima vista de Copacabana, sentindo o cheiro do mar, curtindo o sol, sendo atropelado pelas crianças enlouquecidas que aparecem de todos os lados. No domingo, o clima é de alegria e descontração. 

Curta um lanche ou uma refeição na Confeitaria Colombo (veja aqui), visite as exposições e não deixe de conhecer a fortificação. Tem um degrau na entrada, mas eles colocaram uma rampinha fix de madeira, e me pareceu que a inclinação está correta, porque entrei sem ajuda.

Todos são muito solícitos. Na parte de dentro, diversos corredores, canhões, salas preservadas. Tudo muito interessante.

Tomar um lanche ou almoçar na Confeitaria Colombo do Forte de Copacabana é 

uma atração à parte...

Na primeira vez em que estive no Forte, soldados do Exército me auxiliaram a alcançar a cúpula, para a qual não existe acesso adaptado.

De volta a terra firme. Que alívio! (Meu e deles... rs)

O banheiro deixou a desejar: a porta da cabine para cadeirantes não tinha fechadura, o assento do vaso sanitário estava solto, a papeleira danificada, a pia era muito alta e por aí vai. Mas a arquiteta Claudia me informou esta semana, em comentário aqui, no blog, que ele está em reforma. Ótima notícia. [Atualização: foi reformado e está bem melhor, mas ainda há problemas]

Cúpula dos canhões. Foto retirada do site do
Forte: http://www.fortedecopacabana.com

Na primeira vez que visitei a fortificação, o soldado que estava de plantão nos deu uma aula sobre os desafios para preservar o local e para torná-lo acessível. Além disso, me perguntou se eu queria conhecer a cúpula dos canhões, à qual se tem acesso por uma escada longa e íngreme. Claro que eu queria! Lá fui eu, guindada por dois rapazes do Exército. A vista do alto é impagável, mas é uma aventura perigosa, que não recomendo. Na época, eu tinha muitos parafusos de menos...

Não percam este passeio por nada. Garanto que vale a pena. E obrigada, Claudia, pela assessoria.

Em setembro de 2016, esta é a entrada da fortificação, com rampa fixa, aparentemente compatível com as normas de acessibilidade. (Foto de Marta Alencar)

Para saber mais:

Rio de Janeiro no endereço atual do Cadeira Voadora

Site do Forte de Copacabana