Mulheres cadeirantes: onde fazer mamografia em Belo Horizonte

É um caso sério quando o cadeirante precisa de atendimento de saúde. Ao contrário do que poderia parecer, ou do que seria de esperar, muitos consultórios e clínicas, em Belo Horizonte, ainda não têm acesso para pessoa em cadeira de rodas. (Disse ainda porque tenho esperanças de que a situação melhore, claro!)

Nós, mulheres, que precisamos de consulta periódica com ginecologista e temos de fazer exames complementares, como ultra-som, mamografia, entre outros, enfrentamos um grande desafio: são tão poucos os consultórios e clínicas em condições de nos receber que ficamos sem opção. Ou fazemos no que tem acesso, ou não fazemos…

Por tudo isso, fiquei satisfeita quando descobri a Axial, especializada em diagnóstico por imagem. É a segunda vez que faço mamografia nessa clínica, na unidade da Av. Bernardo Monteiro. Eles têm um aparelho que se desloca o suficiente para que possamos nos submeter ao exame permanecendo na própria cadeira de rodas. Basta que, ao agendar o exame por telefone, a mulher avise que é cadeirante.

A clínica é toda acessível, incluindo o banheiro. O atendimento foi atencioso e ágil. Desta vez, fiz também a densitometria óssea. Fui atendida pelas simpáticas Aline (mamografia) e Ângela (densitometria), que fizeram com que o exame se tornasse uma moleza...

Então, mulheres, vocês não precisam mais ficar sem fazer exame, nem se submeter a algum maluco que insiste para que você faça o exame de pé (só ele deve saber como fazer esse milagre…). Pode marcar lá na Axial.

Atualização em outubro de 2016: 
Também já fiz mamografia na clínica Imagem Diagnóstica: R. Domingos Vieira, 587 - 45º andar, conj. 520, Santa Efigênia | 3218-1904
Nessa clínica, o mamógrafo baixa até a altura da paciente. E há banheiro acessível. Estacionamento pago ao lado do prédio.

Ah! Não estou recebendo nada pela indicação destas clínicas, ok? Fiz exames nelas, gostei e quis repassar a informação. Caso alguém queira indicar algum local, fique à vontade.

Mais indicações aqui. E aqui.


Imagens do Google.

Comentários

  1. Oi Laura, tudo bem?

    quando a Sabrina comentou sobre este post, fiquei um pouco surpresa, pois não me lembrava de ter passado por dificuldades ao fazer esse exame. Agora está explicado; sou cliente da Axial há muitos anos e sempre deu tudo certo.
    Mas já passei, numa outra clínica, fazendo uma radiografia da coluna, pela situação de o operador me pedir para ficar de pé (pelo menos um pouquinho).....

    A gente fica até pensando que não ouviu bem, já que ouvir isso dos atendentes de aeoporto ainda passa, mas de um trabalhador da área da saúde é no mínimo desanimador.

    abraços,

    Katia

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  2. Laura

    corroborando com a xará acima lembrei-me da conversa que tivemos outro dia no café da ALMG sobre o aperto que passei ao fazer mamografia e aquela trajetória toda. Bom saber destas informações vou replicá-la além de colocar o seu site nos indicados do CVI-BH
    beijos

    Kátia Ferraz - CVI-BH

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  3. Pois é, Katita, me lembro dessa conversa...

    Precisamos divulgar o máximo possível as clínicas e os profissionais em condições de atender com eficiência e competência os cadeirantes! Em breve, vou divulgar o local onde fui fazer ultra-som...

    Valeu, parceira!

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  4. E no SUS quando as mulheres terao seus direitos conforme Lei do deficientes ano 2015, atraso em repensar os direitos e deveres dos gestores! Mulheres fazem valer seu direito igualdade no atendimento na ginecologia, exames etc mesa ginecologia ... acesso e Acessibilidade!!!

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  5. Somente agora encontrei esse site, ontem fiz uma palestra sobre direitos e atendimento mulheres cadeirantes na ginecologia. A Lei dos deficientes precisa ser posta em prática em sua totalidade!! Cade o dever do Estado!!! Constituição...

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